A escalação do Bahia no clássico deste domingo, muito mais que mistério, é pura especulação. Com pouquíssimo tempo de treino e observações seria de se esperar que Falcão mantivesse a base e o esquema que vinha sendo utilizado pelo auxiliar Eduardo Souza. Mas Falcão demonstra querer mais.
Falcão adota estratégia agressiva |
A saída de Fabinho, além do alegado problema médico era esperada. Isso porque dentro daquilo que pretende implantar no time, Falcão exige uma saída de bola mais qualificada e eficiente. Assumiria a posição Diones então? Poderia ser, se o apoiador não fosse tão tímido contra o Conquista. Certamente isso foi decisivo para que o garoto Lenine, sempre bem nos treinos, assume uma das posições do meio.
A efetivação de Gabriel como titular, contudo, é a modificação que mais sinaliza a mudança de estratégia da nova comissão técnica. Falcão é incisivo nas entrevistas quando diz: “Futebol é imposição”. Neste caso parece claro que ele pretende uma transição ofensiva rápida pelos lados, aproveitando da inexperiência ou improvisação [talvez ambos] que o adversário deverá apresentar nas laterais.
Aí está a explicação também para a possível escalação de Zé Roberto. Ciro atuou muito bem na partida do meio de semana, porém é menos capaz de fechar o lado do campo e partir em velocidade. Como Falcão já conhece Zé Roberto nesta função, o meia sai em vantagem em relação ao pernambucano, apesar da falta de ritmo.
O desenho do meio então desdobra-se em um 4-3-3 de base alta quando o time estiver com a bola. Segundo Mourinho, esse é o melhor esquema para ocupação e compactação dos espaços e que menos exige movimentos complexos de cobertura, o que facilita a assimilação por parte dos jogadores. E Falcão deseja “um time compacto que ataque e defenda rapidamente”. A idéia é ter um time mais ousado, sem perder a consistência defensiva.
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