quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Pré Jogo: Bahia X ECPP

Em sua terceira partida como interino no comando técnico do Bahia, o auxiliar Eduardo Souza deixa claro suas convicções táticas. Assim como nas partidas anteriores [contra o Flamengo na vitória de 3 a 1 em pleno Maracanã no brasileirão 2011 e domingo passado contra o Itabuna], irá repetir a formação de 4-4-2,  com poucas variações entre as oportunidades, quebrando a tradição dos treinadores anteriores – René Simões e Joel Santana.

Primeira mudança, bastante visível, é a presença de mais um atacante ao lado da referência. Mesmo quando utilizou Lulinha [que muitas vezes atua na meia] como domingo passado, exigiu um posicionamento mais "espetado", procurando a  aproximação com Souza. Contra o Flamengo em setembro utilizou Reinaldo [que não joga hoje, pois rescindiu], o que leva a crer que Ciro pode ser o titular. Até mesmo Gabriel, caso jogue na posição, deverá obedecer à premissa de aproximação com o camisa nove tricolor. É uma alteração que agrada, pois permite, desde a linha ofensiva, melhor compactação dos setores.
Movimentações ofensivas ficam mais equilibradas com atual esquema. Pouca infiltração dos meias é compensada com segundo atacante

No meio campo menor espaço entre os volantes e meias. Diones adiantado à esquerda; Morais por vezes centralizado e outras pela direita; Fabinho como volante com maior saída pro jogo. Contra o Itabuna a configuração [um pouco assimétrica, próxima de um losango] permitiu controlar determinados momentos do jogo, e não foi mais eficaz devido a má atuação técnica de diversas peças e timidez do flanco esquerdo nas ações ofensivas. Devido a isso, não é de surpreender que o segundo atacante [Ciro] caia muita vezes no setor esquerdo, afim de equilibrar o time  - na direita as descidas do ala Gabriel abrem espaço na defesa adversária.

Com um campo maior e de melhor qualidade [como o Maracanã] é de acreditar que os agrupamentos melhorem a coordenação ofensiva – um dos maiores defeitos da era Joel. Se minimizar os erros de saída de bola, cobertura dos laterais e basculação defensiva [quando o lateral fecha por dentro para criar a sobra] não será difícil conquistar a quarta vitória do auxiliar à beira do campo. E com idéias mais próximas de Paulo Roberto Falcão – tema do próximo post – o time pode começar a ganhar nova forma.

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